Resumo
Este artigo busca descrever as evidências sobre redes sociais como redes informais online destinadas a pessoas com traqueostomia, estomia intestinal e seus cuidadores, lançando evidências de como Comunidades de Prática on-line (CPo) poderiam usar redes sociais, aplicativos de autocuidado apoiado e vídeos. Efetuou-se revisão integrativa na totalidade de seis etapas, com busca em linha temporal entre 2010 e 2021 nas bases LILACS, PUBMED, CINAHL, SCOPUS e Web of Science. Após análise de 314 artigos, os 17 artigos inclusos para a amostra foram explorados em 4 categorias empregando ainda o referencial do cientista social Étienne Wenger que cunhou o termo CPo. Destarte, verificaram-se apenas redes informais e não comunidades de prática, tampouco uso síncrono dos recursos tecnológicos nas mesmas, portanto buscaram-se padrões de comunidades nas redes informais existentes ponderando ainda os benefícios gerados as pessoas com estomia e cuidadores ao acessarem vídeos, aplicativos e softwares a partir de futuras comunidades de prática. Por fim, expõem-se os sete princípios para cultivá-las para o perfil estudado contando com as redes informais já existentes e uma agenda de pesquisa em torno deste recorte inexplorado nacionalmente e internacionalmente.
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