Resumo
Ao realizar um paralelo da Teoria Interpessoal com as políticas públicas de saúde do Brasil e a assistência à mulher na promoção da saúde, prevenção ou tratamento de câncer ginecológico, reflete-se que o câncer ginecológico em mulheres é visto pela própria mulher como uma parte do seu eu, é a sua feminilidade, sua identidade; conceitos os quais são profundamente esmagados com a notícia de um diagnóstico de câncer. Tendo em vista a troca de experiências na hora da assistência, Peplau afirma que a assistência e o relacionamento dos envolvidos são influenciados pelo meio externo (ambiente), meio interno (personalidade, experiências vividas, religião, cultura) e pela postura do profissional. Neste cenário de uma mulher fragilidade e amedrontada, muitas vezes sem a devida privacidade ou atenção pela falta de insumos, estrutura e alta demanda do serviço público de saúde do Brasil, sua assistência pode ser comprometida, justamente por não ter a interpessoalidade, seja na promoção da saúde, prevenção ou tratamento. Pode-se dizer que a informação é um bem precioso quando se trata de assistência à saúde. Além da informação correta, o profissional de enfermagem e os demais que formam a equipe multidisciplinar precisam ter uma postura empática, humanizada, de acolhimento, fundamentadas na ciência, ética e respeito à vida da mulher, a fim de passar a informação correta da forma correta para a maior adesão. Dada “assistência de ouro” só é possível a partir de políticas públicas de capacitação de seus colaboradores que, certamente, não apenas atualizam e capacitam o profissional, salvam vidas.