Resumo
Objetivou-se investigar as evidências científicas disponíveis sobre a eficácia da aromaterapia para uma melhor experiência de parto. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura disponível na plataforma de bases de dados BVS e nas bases de dado PubMed e Scopus, com estudos publicados nos últimos 5 anos. Os estudos foram categorizados segundo a tabela Oxford Centre for Evidence-Based Medicine e analisados segundo 5 grupos temáticos: País, Metodologia, Características das gestantes, Óleos essenciais utilizados e Resultados alcançados. Os estudos são majoritariamente do Oriente Médio e da Ásia. As gestantes eram, em geral, primíparas. Os óleos essenciais mais utilizados são lavanda, rosas e camomila. Os métodos de aplicação são massagem, inalação e difusão. Os efeitos são diminuição da dor do parto, da ansiedade e do tempo de parturição. A aromaterapia é uma tecnologia eficiente, pois permite que as mulheres atravessem o processo de trabalho de parto com menos ansiedade, menos dor e mais rapidamente. Novas pesquisas precisam ser feitas com óleos essenciais produzidos no Brasil para que se identifiquem aqueles mais adequados à parturiente brasileira. A aromaterapia se insere no modelo de atenção integral ao parto, onde ocorre a assistência contínua durante todo o processo.
Referências
World Health Organization (WHO). Traditional medicine strategy: 2014-2023 [Internet]. Brasília (DF): WHO; 2020 [acesso em 24 novembro 2021]. Disponível em https://apps.who.int/iris/handle/10665/92455
Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares PMNPC [Internet]. Brasília (DF): MS; 2005 [acesso em 24 novembro 2021]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html
Ministério da Saúde (BR). Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal [Internet]. Brasília (DF): MS; 2017 [acesso em 24 novembro 2021]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
Ministério da Saúde (BR). Portaria n° 702, de 21 de março de 2018 [Internet]. Brasília (DF): MS; 2018 [acesso em 24 novembro 2021]. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html
World Health Organization (WHO). Recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience [Internet]. Rio de Janeiro (RJ): WHO; 2018 [acesso em 24 novembro 2021]. Disponível em: https://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/
Sousa LCA, Ferreira BR, Ferreira LFF, Wastowski IJ, Pires DJ. Aromaterapia: Benefícios para a saúde do idoso. BJHR [Internet]. 2020 [acesso em 25 novembro 2021];4(1). Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/23933
Paviani BA, Trigueiro TH, Gessner R. O uso de óleos essenciais no trabalho de parto e parto: revisão de escopo. REME rev. min. enferm. 2019;23(1262). DOI: 10.5935/1415-2762.20190110
Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão Integrativa: o que é e como fazer. EINSTEIN [Internet]. 2010 [acesso em 25 novembro 2021];8(1):102-6. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?format=pdf&lang=pt
Chen SF, Wang CH, Chan PT, Chiang HW, Hu TM, Tam KW, et al. Labour pain control by aromatherapy: A meta-analysis of randomised controlled trials. Women and Birth. 2019;32(4):327-335. DOI: 10.1016/j.wombi.2018.09.010
Silva MA, Sombra IVS, Silva JSJ, Silva JCB, Dias LRFM, Calado RSF, et al. Aromaterapia para alivio da dor durante o trabalho de parto. Rev. Enferm. UFPE On Line. 2019;13(2):4455-63. DOI: 10.5205/1981-8963-v13i02a237753p455-463-2019
Baudoux D. O Grande Manual de Aromaterapia de Dominique Baudoux. Belo Horizonte: Editora Lazlo; 2018.
Tabatabaeicherhr M, Mortazavi H. The Effectiveness of Aromatherapy in the Management of Labor Pain and Anxiety: A Systematic Review. Ethiopian Journal of Health Sciences. 2020;30(3):449-458. DOI: 10.4314/ejhs.v30i3.16
Bear MF, Connors BW, Paradiso MA, Dalmaz C, Quillfelt JA, Calcagnotto ME, et al. Neurociências. Desvendando o Sistema Nervoso. 4ª Edição. Porto Alegre: Artmed; 2017.
Ricci SS. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. 4. ed. Orlando: Guanabara Koogan; 2019.
Tanno AP, Marcondes FK. Estresse, ciclo reprodutivo e sensibilidade cardíaca às catecolaminas. Rev. Bras. Cienc. Farm. 2002;38(3). DOI: 10.1590/S1516-93322002000300004
Dacome OA, Garcia RF. Efeito modulador da ocitocina sobre o prazer. Rev Saúde e Pesq [Internet]. 2008 [acesso em 20 outubro 2021];1(2). Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/751/608
Guimarães M. Influências genéticas e ambientais determinam a construção do órgão sensorial no fundo do nariz. Variações do olfato. Neurociência Pesquisa FAPESP [Internet]. 2017 [acesso em 26 novembro 2021]. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/variacoes-do-olfato/
Pereira ACC, Costa ALML, Costa AB, Geber B, Alkimim BF, Camarano GCV, et al. Métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto: revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2020;12(10):e4448. DOI: 10.25248/reas.e4448.2020
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2022 Global Academic Nursing Journal